quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Entrevista com Stefanie Schirmbeck da banda Holiness

Oriunda da cidade de Erichim no Rio Grande do Sul, a banda Holiness teve seu embrião formado em 2006, de maneira descompromissada, apenas como um projeto de voz e violão com Stefanie e Cristiano. Mas, conforme as primeiras composições tomavam forma, em 2008 a Holiness surge oficialmente como uma banda. Atualmente em divulgação de seu primeiro álbum "Beneath The Surface", produzido por Aquiles Priester (Hangar), a banda vem se destacando pela sonoridade bastante distinta, quebrando velhos paradigmas que rodeiam bandas com vocal feminino. Hoje conversamos com a vocalista Stefanie Schirmbeck que nos contou um pouco mais sobre a história da banda, os planos para o futuro e muito mais!


TME: Para iniciar, como de costume, gostaria que nos contasse um pouco mais da história da banda para aqueles que ainda não conhecem.

Stefanie: Olá TME! Holiness começou como um projeto a dois (Cristiano e Stefanie), tínhamos apenas composições em voz e violão. Guardamos essas músicas até termos o suficiente para um álbum, e então chamamos o Fabrício e o Hércules para trabalharem nos arranjos. E assim começou a banda.

TME: Um grande problema quando se fala em metal com vocal feminino, é a similaridade com bandas como Nightwish, After Forever, Tristania, entre outras... Porém, nesse sentido, a Holiness consegue se destacar pela personalidade tanto na sua voz, quanto na música em si. À que vocês atribuem essa diferença? Esse diferencial foi algo pensado desde o inicio da banda?

Stefanie: Obrigado! Acho que nada foi planejado nesse sentido, aconteceu naturalmente, primeiro porque nenhuma dessas bandas citadas acima são influências diretas pra nós, ouvimos muitas bandas que ninguém imagina! E, claro, ninguém quer mais uma banda igual a tantas outras, certo? Não acrescenta em nada.

TME: Outro grande problema em algumas bandas com front women é o preconceito por parte de algumas pessoas. Pelo fato de julgarem primeiro a aparência e esquecer o foco principal que é a música. Isso também rola ou já rolou com vocês?

Stefanie: Ah, posso te dizer que muito pouco, ainda bem! A aparência não é o nosso foco principal, e isso reflete no comportamento das pessoas. Procuramos não colocar isso em primeiro lugar. E quanto ao preconceito, nunca rolou, pois tantas bandas com vocal feminino já abriram caminho e graças a elas hoje nós mulheres somos respeitadas no meio.

TME: Com uma sonoridade tão distinta, surge a curiosidade de saber o que influencia isso. Então, quais as bandas que servem de referência pra Holiness?

Stefanie: Bom, vamos lá! Posso te dizer o que ouvimos mais hoje em dia e na época em que as músicas surgiram: Ozzy Osbourne, Avenged Sevenfold, Guns’n’Roses, Evanescence, Lacuna Coil, Dream Theater, U2, entre outras.

TME: Uma dos fatores que chamam a atenção também na sonoridade da banda é a estrutura relativamente simples, que torna a audição das músicas mais agradável. Sem falar dos riffs com distorção mais crua que dá um tom mais agressivo. Como vocês fazem pra equilibrar tudo isso na hora de compor? Há algum tipo de preocupação em manter um padrão ou uma linha?

Stefanie: Nossa intenção foi unir vocal feminino com guitarras pesadas. O peso sempre foi primordial para nós, essencial mesmo. Todas as músicas têm como foco principal a melodia do vocal, em torno disso todo o restante foi construído.

TME: Apesar do pouco tempo de existência, vocês estrearam em grande estilo com o ótimo "Beneath The Surface" que foi produzido por Aquiles Priester (Hangar) e mixado e masterizado por Tommy Newton, no famoso estúdio alemão Area 51. Como foi a experiência de trabalhar com essas pessoas e o quão importante foi esse contato e a produção de Aquiles Priester? O resultado final correspondeu às expectativas de vocês?

Stefanie: Foi muito legal no sentido de abrir muitas portas e principalmente nos fez ver tudo com outros olhos, tanto em termos de produção quanto em relação à cena musical.
O Tommy Newton é um cara espetacular, trabalhamos com ele na mixagem do álbum e ele nos atendeu em tudo que foi possível. Foi muito gratificante. Através dessas pessoas também conhecemos o Adair Daufembach, que foi essencial na produção e gravação do Cd.

TME: Falando nisso, como se deu o contato com Aquiles?

Stefanie: Ele foi fazer um workshop em Erechim-Rs, cidade da banda, mostramos a ele nosso material, e ele demonstrou interesse em produzir.

TME: Há algum tempo você fez uma participação na gravação da música e do clip de “Dreaming Of Black Waves” da banda Hangar. Vocês acham que isso pode ter influenciado de alguma forma pra que a banda se tornasse um pouco mais conhecida?

Stefanie: Não sei te dizer até que ponto isso é verdade, pois estamos trabalhando muito na divulgação de nosso álbum e até hoje poucas pessoas me associaram ao Clip do Hangar.

TME: Recentemente vocês se mudaram pra São Paulo. O que fez vocês tomarem essa decisão e como isso vem influenciando nas atividades da banda?

Stefanie: Nos mudamos pela necessidade mesmo, em São Paulo tudo acontece, se ficássemos em Erechim a banda demoraria mais tempo para alcançar nossos objetivos. Hoje em dia estamos consolidando nosso nome, tocando em São Paulo e divulgando nosso trabalho.

TME: Concluindo, gostaria de saber quais os próximos passos da banda a partir de agora? Quais os planos para o futuro da Holiness?

Stefanie: Em breve lançaremos um web single, e mais pra frente, outro álbum. Estamos por enquanto trabalhando na Divulgação do “Beneath the Surface”, que ainda é recente.

TME: O The Mind’s Eye agradece a vocês pela entrevista e deseja muito boa sorte nesta nova fase que a Holiness se encontra. O espaço é todo de vocês.

Stefanie: Obrigado a vocês do The Mind´s Eye pela oportunidade e pelo espaço!!
Muito legal a iniciativa de vocês em apoiar e divulgar novas bandas!

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