segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mártir ou Símbolo político...?

Há um certo tempo toda a mídia ao redor do mundo estava fazendo homenagens ao falecido ex-Beatle John Lennon, comemorando o dia em que ele completaria 70 anos. Até mesmo o google e o Orkut também prestaram suas homenagens... Vendo isso, surgiu uma enorme interrogação na minha mente: Com tantas pessoas que já fizeram algo realmente notório, com tanta coisa acontecendo no mundo... qual o sentido de todo este circo armado ao redor do "mítico" ex-Beatle?
Foi quando, como por obra do destino, encontrei em um blog um texto que me chamou atenção. Irei postar alguns trechos e o link da matéria completa no final.

Comemoração dos 70 anos de John Lennon: as santidades seculares

Nos dias que se passaram, vimos, pela mídia inteira, comemorações pelo 70º aniversário de John Lennon. Clipes, imagens emociantes e glorificação do ex-Beatle foi algo recorrente em várias matérias. Até o Google e o Orkut andaram fazendo suas homenagens ao cantor.
Mas a pergunta que fica é: existindo tantas figuras importantes, por que dar atenção especial a uma alguém como John Lennon? Pense: qual foi a contribuição efetiva que John Lennon deu ao mundo? Tirando uma coisa aqui e ali na música, a resposta é: nenhuma.
Então qual motivo poderiamos atribuir a uma reação que parece exagerada a um simples músico?
(...)
Nenhuma ideologia sobrevive sem que seja feita a propaganda de pessoas que são MODELO dessa vertente de pensamento. E John Lennon se encaixa PERFEITAMENTE na ideologia mais tendente da mídia “liberal”.
Será? Peguemos agora a letra da música Imagine, pela qual Lennon é lembrado quase sempre:
Imagine que não exista nenhum paraíso,
É fácil se você tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Sobre nós apenas o firmamento.
Imagine todas as pessoas
Vivendo pelo hoje…
Imagine que não exista nenhum país,
Não é difícil de fazer.
Nada porque matar ou porque morrer,
Nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz…
Imagine nenhuma propriedade,
Eu me pergunto se você consegue.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Você talvez diga que sou um sonhador,
Mas eu não o único.
Eu espero que algum dia você junte-se a nós,
E o mundo viverá como um único.
Quais as propostas da música? As seguintes:
  • (1) Crença ingênua no homem (como fim da “ganância” e similares);
  • (2) Eliminação da religião;
  • (3) Fim da soberania estatal;
  • (4) Fim da propriedade privada;
  • (5) Novo modelo de sociedade em uma “fraternidade” entre os homens, baseada nos quatro pontos acima;
E o que é isso senão uma mistura de globalismo, humanismo secular e socialismo?
Aliás, como se cara de pau do John Lennon pode vir falar de “sem propriedade privada” se ele era um dos maiores MILIONÁRIOS do mundo da música?
A pergunta que faço é: se Lennon, conservando as outras variáveis (participação em uma banda gigante, morte precoce – quase como “mártir”), fosse um vigoroso defensor do porte legal de armas, da repressão ao tráfico de drogas, um defensor da liberdade de mercado e um fervoroso apologista do Cristianismo, esse mesmo pessoal que o está glorificando daria a mesma atenção a ele?
A mesma coisa para as comemorações dos 200 anos de Darwin: se fosse apenas pelo aspecto científico, não fariam a mesma comemoração para tantos outros? (...)
O próprio Galileu teria seus dedos e dentes expostos como verdadeiras relíquias de santos se não fossem um grande número de boatos e mal-entendidos que o colocam como “iluminado” lutando contra o “obscurantismo” medieval? (...)
Mais do que “grandes nomes da humanidade”, eles são símbolos POLÍTICOS de certos grupos que ocupam espaços na mídia, nas universidades e no resto.
E é sob essa perspectiva que poderíamos entender a super-valorização de personalidades como John Lennon.
A comemoração midiática do aniversário de 70 anos do ex-Beatle, mais do que uma homenagem proporcional à uma obra musical, demonstra um reflexo do pensamento “moderninho” que escolhe seus heróis como os cristãos escolhem seus santos.





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