quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

James LaBrie - Impermanent Resonance (2013)



É impossível se falar em James LaBrie sem associá-lo a sua banda principal que o consagrou como um dos maiores vocalistas do Metal Progressivo na opinião de alguns, e um dos piores na opinião de outros. E, verdade seja dita, quando se fala em Dream Theater e seus integrantes, o debate é extenso, acalorado e as opiniões divergem a níveis extremos.

Mesmo sendo odiado por muitos, LaBrie conseguiu e consegue se sobressair o suficiente para manter a sua carreira sólida e cada vez mais ativa. E desta vez, com o lançamento do seu terceiro disco solo intitulado “Impermanent Resonance”, ele também consegue mostrar que pode andar muito bem (absurdamente bem) com as próprias pernas, por assim dizer. 

Lançado no dia 29 de Julho na Europa e 06 de Agosto na América do Norte, “Impermanent Resonance” é, também, o segundo disco de LaBrie em parceria com o tecladista Matt Guillory, de modo que a fórmula continua basicamente a mesma adotada em “Static Impulse” de 2010, que mesclava pegadas agressivas de Metal moderno com melodias que grudavam facilmente na cabeça por um bom tempo. No entanto, aqui nós temos uma evolução natural, onde o que era bom ficou ainda melhor! 


Apesar de seguir a mesma proposta de seu predecessor, “Impermanent Resonance” ainda consegue surpreender e apresentar uma sonoridade mais madura e firme, mais coesa. Há mais espaço para experimentar e ousar; há mais sintetizadores e influências eletrônicas (o que não é algo ruim) e a agressividade está bem mais presente, sem deixar de lado as belíssimas melodias e refrãos grudentos. Neste álbum o que vemos é cada um dando o melhor de si e isso é possível perceber em cada faixa do registro. As linhas de guitarra de Peter Wichers (SOILWORK) e do italiano Marco Sfogli transbordam bom gosto, com Riffs rápidos e agressivos quando necessário, ou em linhas mais melódicas e calmas, sempre muito bem acompanhadas da execução precisa de Peter Wildoer que traz consigo toda a carga do Melodic Death Metal Sueco, tanto na Bateria quanto nos vocais guturais.

Falando em vocais, não se pode deixar de lado a menina dos olhos deste disco: As linhas de voz! Aqui, LaBrie nos entrega uma de suas melhores performances da sua carreira. Os arranjos de voz estão extremamente bem feitos, sem exageros e sem os habituais agudos estridentes que fazem com que muitos o odeiem no Dream Theater. Isso sem falar dos backing vocals feitos por Matt Guillory que dão um brilho especial às músicas. 

Ao todo são 12 canções muito bem compostas e produzidas, de forma que se torna uma tarefa quase impossível destacar alguma entre elas como sendo a melhor do disco. Mesmo assim, vale ressaltar a pesada “Agony”, que abre o álbum em grande estilo, a cadenciada “Slight Of Hand” com seu refrão marcante e grudento, as climáticas “Holding On” e “Lost In The Fire”, a agressiva “I Will Not Break” que quase se assemelha a um Thrash moderno e a belíssima balada “Say You’re Be Mine”.

Apesar de o mercado já estar saturado com o mais do mesmo, Impermanent Resonance consegue dar um novo fôlego ao gênero e mostrar que tudo que o Heavy Metal em geral precisa é de pessoas talentosas que não tenham medo de ousar e tenham paixão pelo que fazem.
Com este que já pode facilmente ser configurado entre os melhores lançamentos do ano, James LaBrie também pode se gabar de ter lançado um dos melhores trabalhos de sua carreira! 




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