terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Heavy Metal: Os destaques de 2011 (Pt. 4)

From Chaos To Eternity
17 de Junho de 2011. O dia em que os fãs de Metal Sinfônico ficaram de cabelo em pé e pescoços doloridos depois de ouvir a conclusão da mais extensa e pomposa saga do Metal em todos os tempos. Pra quem não conseguiu advinhar ainda, me refiro ao ultimo capítulo da "Emerald Sword Saga" que é contada através do nono álbum dos italianos do Rhapsody Of Fire (outrora apenas Rhapsody): From Chaos To Eternity. Apesar de o Metal Sinfônico já estar há muito tempo saturado por conta de bandas de qualidade duvidosa que infestam o gênero, o Rhapsody Of Fire consegue o feito de se destacar pelo simples (ou não tão simples assim) fato de se manter fiel às suas origens e ter a coragem de continuar apresentando o mesmo som desde o início. Logicamente, há pequenas nuances que revelam novas influencias e maturidade, porém, a estrutura básica da música do grupo continua a mesma - coisa raríssima nos dias de hoje. Em "From Chaos To Eternity" temos um apanhado geral de tudo que foi feito pela banda nos ultimos anos acrescido de algumas mudanças leves, porém perceptíveis. Temos o som característico do Rhapsody, inconfundível, tudo grandiososamente pomposo, das melodias às letras. Mas, apesar de se manterem fiéis ao estilo, a banda ainda consegue se destacar ainda mais de qualquer outra pela ousadia e experimentações mais modernas nas linhas de teclado e algumas influências inusitadas do Black Metal Sinfônico, com melodias sombrias e carregadas, isso sem contar a grata surpresa dos vocais (até então nunca usados) drive feitos por Fabio Lione e blast beats! Em suma, From Chaos To Eternity é um álbum grandioso, tão grandioso quanto a banda e encerra a "Emerald Sword Saga" de maneira mais do que dígna!

Iconoclast
No mesmo dia em que o álbum dos italianos foi lançado, uma das minhas bandas favoritas também lançou um novo registro, aguardado ansiosamente desde 2007. Eu me refiro aos americanos do Symphony X e o seu oitavo álbum, "Iconoclast". Bem... eu nem sei por onde começar pra descrever a grandiosidade deste play, se tratando do materia que encontramos aqui, ao menos pra mim, faltam palavras pra definir bem o que ouvi. Na verdade há uma palavra que pode resumir tudo: FODA! É, essa é a melhor palavra pra descrever o que temos em "Iconoclast". Na opinião deste que vos escreve, temos aqui um dos melhores (se não o melhor) disco na carreira banda e um dos melhores do gênero. O que se pode dizer de um disco onde encontramos o balanço perfeito entre o neo-clássico e o moderno, agressividade e suavidade. Denso e obscuro das letras às melodias, "Iconoclast" com certeza é um marco na carreira da banda que, desde o disco anterior - Paradise Lost - vem investindo em uma sonoridade mais pesada e letras mais polêmicas e soturnas. Este é, de longe, um dos melhores do ano sem sombra de dúvidas, e com certeza ofuscou outros bons lançamentos nesse período. Valeu muito a pena esperar longos quatro anos por esse álbum. Um verdadeiro banquete sonoro para os amantes da boa música, do Metal Progressivo e, acima de tudo, um presente inigualável para os fãs de SX!!!

Outro lançamento que deve ter sido bastante aguardado por alguns fãs  ainda no mês de junho, foi o "Ritual" dos americanos do The Black Dahlia Murder, sobre o qual eu não estou habilitado a comentar visto que não ouvi o disco ainda e nem sou lá um grande entusiasta do som da banda. Vale a menção pelo que li a respeito, aparentemente eles resolveram sair um pouco mais do deathcore praticado outrora pra investir em algo mais próximo do technical.

Dystopia
Já no segundo semestre de 2011 tivemos um dos lançamentos pelo qual eu estava particularmente curioso por ouvir: o "Dystopia" do Iced Earth. Confesso que não sou grande fã ou um entusiasta do som da banda, mas queria ouvir o que sairia da parceria entre Jon Schaffer (guitarrista, principal compositor e dono da banda) e o novo escolhido para substituir Matt Barlow nos vocais, o canadense Stu Block. Esta parceria aparentemente deu muito certo e a escolha do novo vocalista foi extremamente acertada. Em "Dystopia" temos todos os elementos que fizeram do Iced Earth o que é hoje e o que o lançou ao mundo, um Power Metal com pegada Thrash, influenciado por nomes como Iron Maiden e Metallica. A banda mantém as suas principais características mas investe em novas e muito bem vindas influências, talvez provindas do Stu Block, um excelente vocalista e extremamente versátil, que além dos vocais característicos do Heavy/ Power Metal, manda muito bem nos vocais drives e guturais. Espero que a banda se mantenha por muito tempo com esta formação, pois tem potencial pra torná-la ainda maior e mais poderosa do que já é!

Hoje ficamos por aqui. Porém, ainda há muitos outros lançamentos marcantes do ano passado que merecem destaque e a melhor parte está por vir! Só aguardar um pouquinho. XD


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