sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Heavy Metal: Os destaques de 2011 (Pt. 3)

Continuando esta sequência de posts que falam um pouco sobre alguns dos álbuns que mais me chamaram atenção durante o ano decorrente, agora estamos nos aproximando mais dos "badalados". Esta banda de que irei falar agora com toda a certeza não poderia ficar de fora desta lista! Apesar de ser uma banda não tão conhecida (eu mesmo confesso que conheço bem pouco), este disco merece todos os tipos de louvores possíveis e, por que não, um belo "putaquepariu, mano!". 
Scurrilous

A banda a que me refiro é o Protest The Hero e o disco é o Scurrilous. Oriunda de Ontário, Canadá, o grupo teve início em 1999 sob o nome de Happy Go Lucky, mudando de nome em 2002 e lançando seu primeiro registro no ano seguinte, o ep A Calculated Use Of Sound. Os caras fazem um som completamente diferente de tudo misturado com tudo, deu pra entender? Calma, irei simplificar... Basicamente, o Protest The Hero faz um Metal Progressivo diretamente influenciado pelo Power/ Speed Metal. Ai começa o problema! Isso porque além de fazer um som extremamente técnico e progressivo, é nítida a influência de outras tendências mais modernas como o Deathcore, Groove e Match Metal! São 44 minutos intensos de pancadaria sonora! É tudo muito bem executado e bem "amarrado", as músicas são complexas mas sem soar caricatas ou chatas. O mais impressionante é a forma como as faixas transcorrem de uma maneira tão fluida e agradável, mesmo com tantas informações sendo despejadas por segundo em nossos ouvidos. Logo na primeira faixa, C'est La vie, já se nota o quão F*&% é esse registro, logo em seguida temos Hair Trigger dando sequencia à porradaria! E assim segue durante todo o disco. A palavra que pode defini-lo melhor é "excepcional", não consigo pensar em outra coisa! Outro ponto a ser destacado são as estonteantes e animadas linhas de vocal, um diferencial a parte que proporciona à banda um diferencial à parte. Bem, não irei me prolongar mais, até por que não é necessário. Se você, caro leitor, é fã de Metal Progressivo e tem a mente aberta pra novas experimentações, Scurrilous é RECOMENDADÍSSIMO! Se você não curte o gênero mas aprecia uma boa música, vale muito a pena conferir também!



Omnivium
No mesmo mês em que Scurrilous foi lançado, uma banda de peso e extremamente técnica também liberou um novo full de inéditas. Estou falando do Obscura, banda de Technical Death Metal vinda da Alemanha que lançou Omnivium, sucessor do excelente Cosmogenesis e terceiro álbum de sua carreira. Aqui a banda mantém basicamente a mesma formula usada no seu predecessor, porém, com uma pegada mais progressiva e algumas experimentações. Aparentemente, em Omnivium, o grupo resolveu investir (mais ainda) numa sonoridade mais trabalhada e técnica, enfatizando melodias mais limpas, aproximando o trabalho do Progressive Death Metal sueco. Logo de cara temos a excelente e diversificada Septuagint com seus 7 minutos de duração que junto com Aevum e A Transcendental Serenade, são as maiores do play. Algo que vale ser ressaltado é a qualidade e o nível das composições! Altamente recomendado pra quem curte Metal Extremo, em especial Technical e Brutal Death! 

Khaos Legions

Pulando de Março direto pro mês do meu aniversário, fui presenteado da melhor forma possível pra um fã de Metal, com uma sequência de lançamentos que me deixaram apreensivos e de cabelo em pé. Alguns compensaram, outros nem tanto... Começando pelo Khaos Legions do Arch Enemy que saiu no dia 7 de Junho. Esse álbum criou uma expectativa enorme tanto em mim quanto nos fãs da banda. O principal motivo disso eram as declarações que os membros da banda - em especial a frontwomen, Angela Gossow - soltaram durante o processo de produção, gravação, etc. Confesso que de primeira fiquei um pouco decepcionado quando ouvi o play. Não porque as músicas sejam ruins, mas sim pela expectativa criada em consequência da propaganda exagerada que foi feita por Angela e seus companheiros de banda. Adjetivos atribuídos ao trabalho por eles que exaltavam o disco como o mais agressivo e mais pesado da carreira, causaram uma certa... decepção, digamos assim. Gostaria de deixar bem claro que eu gostei bastante do play, mas achei que houve um pouco de propaganda exagerada. Propagandas estas que deram a entender que a banda viria a todo o vapor cheio de novidades, o que não aconteceu. O que temos em Khaos Legions é o Arch Enemy de sempre, sem tirar nem por nada. Tudo muito bem executado, músicas seguindo a mesma estrutura padrão e solos repletos de feeling, do jeito que só os irmãos Amott sabem fazer. De forma que o oitavo registro dos suecos não traz nada de inovador ou extraordinário, se você ouviu os ultimos trabalhos do grupo, então já conhece o que vai ouvir em Khaos Legions. Isso é ruim? Bem... ao meu ver não. Confesso que não achei o álbum tão impactante quanto Anthems of Rebelion ou  ainda o Doomsday Machine, mas isso não tira os méritos do trabalho. A única ressalva negativa que realmente me incomodou foram os excessos de "efeitos especiais" no vocal da Angela, ficou muito carregado, soando um tanto quanto artificial. Os destaques do disco na minha opinião são No Gods, No Master que me lembrou antigos sucessos da banda, a insana Cruelty Without Beauty juntamente com Cult Of Chaos e Vengeance is Mine. No mais, é um bom disco (na verdade excelente), em especial se você for um fã da banda. Ouça e tire suas conclusões.


Sounds of a Playground Fading
No dia 15 do mesmo mês (e coincidentemente meu aniver), foi lançado o novo de outra banda de Melodic Death também (não tão Melodeath ultimamente), o In Flames. Eu não irei falar sobre ele, pois ainda não ouvi pra tirar uma conclusão. Mas assim que o fizer, irei incluir aqui. Sounds of a Playground Fading é o décimo álbum do In Flames e o primeiro sem o guitarrista Jesper Strömblad, que deixou a banda em Fevereiro de 2010.
The Lotus Effect
Na mesma semana, mas especificamente dois dias depois, vieram mais três lançamentos MATADORES! Não há outra palavra que defina melhor. Em um único dia foram três nomes de peso (muito peso mesmo), liberando material de inéditas. Um desses nomes foi o Sun Caged com o The Lotus Effect. Não irei me aprofundar neste disco também por que os outros dois que saíram no mesmo dia ofuscaram completamente a divulgação do terceiro trabalho desta promissora banda de Metal Progressiva oriunda dos Países Baixos. O Primeiro "peixe grande" que soltou material novo neste mesmo dia, foram os gigantes do Power Metal Sinfônico, os italianos do Rhapsody Of Fire. O segundo nome... O segundo nome... bem... nada mais nada menos que Symphony X!!! Covardia, hein?!

Por enquanto irei parar por aqui pois, pra falar sobre esses dois petardos, preciso de muita calma e cuidado, em especial pra falardo SX e seu Iconoclast!
Então fiquem ligados nos próximos posts, pois o melhor está por vir!!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Heavy Metal: Os destaques de 2011 (Pt. 2)

Depois de um hiato forçado nos posts do blog, hoje eu irei retomar a sequência de matérias referentes aos lançamentos que me chamaram atenção durante esse ano e alguns que eu estava ansioso por ouvir . Acredito que a maioria das pessoas que acompanha o blog também esperava impaciente por alguns desses, tentarei descrever um pouco da primeira impressão e da emoção que foi pra alguns (e pra mim) a audição de determinados álbuns lançados ao longo de 2011. Então vamos ao que interessa: as bandas!
Pois bem, começarei hoje com uma banda que até o inicio do decorrente ano, era um tanto quanto desconhecida por mim, Sirenia.

The Enigma Of Life
The Enigma Of Life é o quinto álbum full-lenght desta banda de Gothic Metal vinda da Noruega. O Sirenia foi criado logo depois da saída de Morten Veland do Tristania. Basicamente, as bandas possuem as mesmas características comuns do gênero. Porém, o Sirenia investe mais em uma sonoridade mais "clean", por assim dizer, suas composições fazem maior uso de elementos sinfônicos, dando uma ar mais "grandioro" às suas músicas, além de não tender tanto pro Death Metal, como é o caso do Tristania. Confesso que não sou um grande entusiasta do Gothic Metal e seus sub-gêneros (o que me fez demorar um pouco para escutar com atenção esse disco), no entanto, The Enigma of Life merece com toda a certeza ser ouvido e apreciado por todo fã de Heavy Metal. Fazendo uma comparação com os trabalhos anteriores é possível notar uma certa mudança na sonoridade da banda, que agora resolveu investir em um Symphonic Metal mais encorpado com músicas um pouco mais pesadas e não tão arrastadas, como é de praxe no estilo. Um ponto que vale ressaltar são as melodias de vocal e a belíssima voz da cantora espanhola Ailyn! Ela soube muito bem explorar todo o seu potencial sem soar caricato ou enjoativo. As melodias vocais também ficaram ótimas. A banda soube muito bem fazer uso de todo seu arsenal! Belíssimo trabalho, vale muito a pena conferir!
Relentless, Rickless Forever

No dia 2 de Março, os finlandeses do Children Of Bodom disponibilizaram o petardo Relentless, Reckless Forever. O sétimo disco da carreira do grupo é um dos quais eu aguardava também, é paulada atrás de paulada, por assim dizer. É impossível ouvi-lo e ficar parado! Dessa vez a banda investiu numa sonoridade mais enfática nos riffs e repleta de partes cadenciadas - muito bem preenchidas por linhas de teclado na hora certa. Apesar de manter o som característico dos "garotos" de Espoo, é possível se notar a diferença do álbum se comparado com o trabalho anterior, o Bloodrunk. Se no disco antecessor a banda investiu numa "volta às raízes", desta vez a coisa foi diferente. Em Relentless, Reckless Forever temos riffs mais pesados aliados a passagens de groove e toques sutis de Technical Death Metal - nada que se note logo de primeira, mas está lá. Eu sou suspeito pra dizer, mas me arrisco a dizer que RRF é um dos melhores e mais completos trabalhos do Children Of Bodom desde o Hate Crew Deathroll. Vale a pena prestar uma atenção especial nas faixas Not My Funeral, Pussyfoot Myss Suicide, Cry of the Nihilist, Was It Worth It e no inusitado cover, Party All The Time de ninguém menos que EDDIE MURPHY! Aliás, covers inusitados (pra não dizer bizarros) vem se tornando uma marca registrada da banda nos ultimos anos. Certamente nenhum de vocês que está lendo esta matéria neste momento, conhece essa música do Eddie Murphy. Por isso, resolvi deixar aqui como bônus - garanto que vai ser difícil conter as gargalhadas! 


Fala sério, hein? Esse é o tipo de coisa que jamais iríamos imaginar! rsrsrsrs. Com isso eu encerro o post de hoje. Depois de rir tanto ao ver esse vídeo, não tenho condições de continuar escrevendo! =P


Angra No Rock In Rio (Pt. 2)

Só pra dar sequência ao post anterior que tratou superficialmente da participação da banda Angra no Rock In Rio 4, irei postar o pronunciamento oficial do vocalista Edu Falaschi. Isso ainda vai dar muito pano pra manga, mas por ora vamos analisar apenas por alto. Segue a carta aberta abaixo.



EDU FALASCHI: pronunciamento oficial para a imprensa
Segue carta aberta do vocalista das bandas Angra e Almah, EDU FALASCHI, para a imprensa mundial.

"Caros amigos,

Finalmente, eu gostaria de esclarecer alguns fatos em relação a minha voz com toda a sinceridade, humildade e integridade que eu possa ter.

Por mais de 20 anos eu trabalhei sem um dia de descanso dentro do Heavy Metal, do qual todos sabem do grau de dificuldade e das exigências técnicas do estilo. Ao entrar no Angra tive ainda que me adequar a uma forma de cantar particularmente aguda e totalmente fora da minha tessitura, e da grande maioria dos cantores! Na época, assumi a bronca e encarei toda a pressão. Porém, há 10 anos era bem mais fácil devido ao fator físico, empolgação e idade. Fui ano após ano sentindo, progressivamente, as dificuldades de se cantar algo tão agudo e fora da minha característica natural. Lutei até o fim! Fiz o possível e o impossível para continuar a cantar bem as músicas do Angra, principalmente as mais antigas, sempre em tons altos, pois o público do Metal Melódico sempre "exigiu" isso de nós cantores. Mas infelizmente, hoje, mais velho e mais experiente, devo assumir que não estou mais apto a cantar tão agudo.

Estou extremamente cansado e sentindo o peso de tudo isso na minha própria voz, inclusive na região que sempre foi o meu forte! Sou um cantor barítono que domina a região dos médios, graves, drives e o canto com voz de peito com conotação mais agressiva, assim como eu fazia no Symbols e faço no Almah atualmente. Conquistei muitas coisas e construí grande parte da minha história vitoriosa com meu próprio perfil, que é o meu forte!

Enfim, tomei uma decisão, pensando única e exclusivamente na saúde da minha voz e na integridade da minha carreira, que construí com tanta luta e dedicação. Após cumprir todas as atividades de divulgação do “Motion”, pré-agendadas até o fim do ano, vou parar por tempo indeterminado para finalmente descansar, e poder tratar definitivamente da minha saúde. Mas devo já salientar que, a partir de hoje, só vou cantar o que estiver dentro da minha tessitura natural, seja no Angra ou em qualquer outra banda, para o meu próprio bem! Quero voltar a ser o que eu realmente sou, em vez de ser o que as pessoas desejam que eu seja! Nesse meio tempo, vou seguir com minhas atividades como produtor e compositor, que são coisas que amo fazer, e que não atrapalharão em nada o progresso da minha recuperação.

Muito obrigado do fundo do meu coração a todos os fãs que sempre me apoiaram e incondicionalmente me defendem! Farei sempre o meu melhor cantando e compondo por vocês e pela boa música, com toda minha verdade e emoção! Eis o primeiro passo de uma nova fase na minha vida! Tenho confiança no futuro, e serei sempre um apaixonado pelo estilo musical mais foda do mundo, o Heavy Metal!"

EDU FALASCHI

Pois bem... eu acredito que isso ainda vai dar muito o que falar. Particularmente, eu acho louvável a posição do Edu em assumir que pra ele já tá complicado fazer determinados esforços. Ele já provou por diversas vezes ser um excelente vocalista e um frontman de primeira linha, não há mais necessidade de provar nada a ninguém (na verdade, há muito tempo que nãohá essa necessidade). Como fã e admirador do trabalho dele, desejo toda sorte e sucesso e que ele continue fazendo música de primeira e se empenhando mais e mais pelo Heavy Metal nacional como vem fazendo!